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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O VALOR DO ARGUMENTO DA EXISTÊNCIA DE DEUS



Guy P. Duffield e Nathaniel M. Van Cleave, na obra Fundamentos da Teologia Pentecostal, coerentemente, declaram que algumas pessoas, com boa razão, questionarão o valor dos argumentos sobre a existência de Deus. A Bíblia em ponto algum argumenta a esse respeito; em toda parte as Escrituras assumem sua existência como um fato aceito. O primeiro versículo das Sagradas Escrituras afirmai “No princípio criou Deus os céus e a terra” (Gn 1:1). O salmista proclama mais adiante: “Diz o insensato no seu coração: Não há Deus” (S1 14:1a). O cristão e todos os adoradores de Deus aceitaram a existência de Deus como um ato de fé. Alguns teólogos, tais como Soren Kierkegaard e Karl Barth, rejeitam toda teologia geral ou natural e afirmam que Deus só pode Ser conhecido por um ato de fé. Todavia, a fé possuída pelo crente não é cega nem irracional. A fé é um dom de Deus (Rm 10:17); todavia, ela é sustentada por evidências claras para a mente imparcial. O salmista diz, como consolo para os crentes: “Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras das suas: mãos” (S1 19:1). Paulo destaca em Romanos, capítulo um, que mesmo aqueles que não têm uma revelação da Escritura não possuem uma justificativa para a sua incredulidade:

“Porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das cousas que foram criadas. Tais homens são por isso indesculpáveis: porquanto, tendo conhecimento de Deus não o glorificaram como Deus...” (Rm 1:19-21).

Assim, podemos ver que a Bíblia sustenta a validade de uma teologia natural. Devemos lembrar, no entanto, que, apesar de uma teologia natural poder indicar um criador poderoso, sábio e benévolo, nada diz para resolver os problemas do pecado do homem, sua dor, seu sofrimento e sua necessidade de redenção. Também não pode afirmar, com João Batista: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (Jo 1:29). Além disso, e importante lembrar que os argumentos da existência de Deus, tais como os fornecidos por uma teologia natural, não constituem uma demonstração absoluta. Os seres finitos não podem demonstrar a existência de um Deus infinito. J. O. Buswell afirma:

“Não existe um argumento conhecido por nós que, como argumento, leve a uma conclusão provável (altamente provável). Por exemplo, acredita que o sol irá levantar-se amanhã cedo, mas se fôssemos analisar as evidências, os argumentos que levam a essa conclusão, seríamos for que eles, por melhores que sejam, são caracterizados pela probabilidade. Os argumentos teístas não são uma exceção à regra de que todos os argumentos indutivos sobre o que existe são argumentos de probabilidade. Este é o ponto em que os argumentos, afirmam chegar.”

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